A recente hospitalização da atriz e modelo cubana Lisandra Silva, após o uso do medicamento Ozempic, trouxe à tona um importante debate sobre o uso inadequado de medicamentos prescritos para condições específicas, como o diabetes tipo 2, para fins de emagrecimento. O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é um medicamento injetável destinado ao tratamento de diabetes, funcionando ao estimular a produção de insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue. Além disso, promove a sensação de saciedade, que pode resultar na perda de peso — efeito que levou ao uso off-label, ou seja, sem a devida recomendação para fins de emagrecimento em pessoas sem diabetes.
No caso de Lisandra, embora o medicamento tenha sido prescrito por um médico, os efeitos foram severos. Em suas redes sociais, a atriz relatou uma queda drástica nos níveis de açúcar no sangue após a aplicação, sentindo-se tão fraca que precisou ser levada ao hospital em uma cadeira de rodas, temendo inclusive estar morrendo. Esse episódio a fez refletir sobre a decisão de utilizar o medicamento e, mais amplamente, sobre o uso de substâncias para emagrecimento.
O incidente com Lisandra Silva destaca os riscos associados ao uso indevido de medicamentos. Embora o Ozempic tenha eficácia comprovada no controle do diabetes e possa contribuir para a perda de peso em pacientes específicos, ele também possui efeitos colaterais. Entre os mais comuns estão náuseas, vômitos, diarreia, constipação, dor abdominal e hipoglicemia. Em casos mais graves, o medicamento pode levar a complicações como pancreatite e retinopatia diabética, além de reações alérgicas. O uso inadequado e sem acompanhamento médico pode provocar uma perda de peso rápida e extrema, o que, por sua vez, resulta em flacidez facial — um efeito colateral tão característico que ganhou o apelido de “rosto de Ozempic”. A busca incessante por métodos rápidos de emagrecimento tem levado muitas pessoas a ignorarem os riscos e utilizarem substâncias sem a devida prescrição médica, um fenômeno preocupante que cresce entre aqueles que desejam perder peso sem passar por mudanças no estilo de vida.
O uso off-label de medicamentos como o Ozempic reflete um problema maior: a busca por soluções rápidas e a falta de conscientização sobre os perigos da automedicação. Especialistas alertam para os riscos de utilizar qualquer medicamento sem orientação profissional, uma vez que isso pode resultar em efeitos adversos sérios e inesperados. Casos como o de Lisandra Silva servem como um alerta importante de que a saúde deve estar em primeiro lugar e que a perda de peso saudável exige uma abordagem a longo prazo. Em vez de recorrer a medicamentos inadequados, recomenda-se que as pessoas adotem hábitos de vida mais equilibrados, que incluam uma dieta saudável e a prática regular de exercícios físicos. Para quem busca emagrecer, nutricionistas e educadores físicos podem ajudar a estabelecer estratégias adequadas e seguras, além de promover uma saúde integral.
Esse incidente evidencia a importância de consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento para emagrecimento, especialmente em casos que envolvem medicamentos com finalidades específicas. A automedicação e o uso de substâncias sem avaliação clínica podem ter graves consequências para a saúde. Casos como o de Lisandra Silva deveriam servir de advertência para aqueles que consideram o uso de medicamentos para emagrecer. Somente através de mudanças no estilo de vida e de orientação profissional é possível alcançar uma perda de peso sustentável e saudável, preservando a saúde e minimizando riscos.