Aos 55 anos, Luciana Gimenez reflete sobre as transformações de sua vida, abordando temas como beleza, maternidade, solteirice e os desafios de se manter fiel a si mesma em meio a uma sociedade que exige padrões irreais de perfeição. Em um tom descontraído, ela brinca que se pudesse voltar no tempo diria a si mesma, aos 30 anos, para “valorizar o colágeno natural da juventude”, reconhecendo que a vitalidade física da juventude é única. Gimenez, que começou sua carreira de modelo ainda adolescente, com apenas 15 anos, foi para a Europa sozinha aos 16 para trabalhar e viver novas experiências, e credita esses momentos difíceis longe de casa como parte essencial de sua jornada. Ela enxerga que todos esses desafios ajudaram a moldá-la, tornando-a mais forte e confiante, com uma bagagem que só a experiência e a coragem de se arriscar poderiam proporcionar. Apesar das dificuldades, Luciana acredita que não mudaria nada em sua trajetória, pois, como adepta da teoria do efeito borboleta, ela acredita que qualquer alteração no passado poderia modificar drasticamente o presente.
Atualmente, após o término de seu relacionamento com o empresário Renato Breia, Gimenez desfruta da solteirice ao lado de amigos e na companhia de seus filhos, sem pressa para encontrar um novo amor. Ela revela que se identifica como demissexual, termo que define pessoas que só sentem atração sexual por aqueles com quem têm uma conexão emocional. Descobrir essa definição a ajudou a entender mais sobre si mesma, pois, segundo ela, nunca foi alguém que se envolve intimamente sem uma base emocional. Luciana também reconhece a pressão que os homens, especialmente os mais velhos, sentem ao se aproximar dela, por vezes intimidados. Contudo, ela se diverte com as abordagens dos mais jovens, que, segundo ela, demonstram uma confiança própria de uma nova geração que vem crescendo com menos receio de se aproximar e expressar interesse.
Luciana também compartilha sua visão crítica sobre os padrões estéticos impostos pela sociedade, revelando ser contra procedimentos invasivos e defendendo a importância de se respeitar os próprios limites. Embora cuide da pele e tenha próteses mamárias, ela evita procedimentos mais agressivos, observando com preocupação como jovens se submetem a cirurgias arriscadas para atingir padrões inatingíveis. Ao longo dos anos, ela lida com o surgimento de cabelos brancos e admite sua frustração com a necessidade constante de manter a cor natural, reconhecendo que essa é uma escolha pessoal e não algo imposto por pressões externas.
Como mãe, Luciana é extremamente apegada aos filhos e diz que a maternidade é seu maior papel. A experiência de ver seu filho mais velho, Lucas, partir para morar nos Estados Unidos foi dolorosa, descrita por ela como uma espécie de “síndrome do ninho vazio”, que se intensificou após sua formação recente, embora ele ainda viva fora. Gimenez ressalta que seu instinto materno é muito forte e, quando não pode estar ao lado dos filhos, recorre a chamadas frequentes para diminuir a distância e a saudade.
Ao refletir sobre o passado, o presente e as lições aprendidas, Luciana Gimenez exala confiança e otimismo, destacando a importância de viver o hoje, aproveitar os momentos e ser grata pela jornada que percorreu. Ela é um exemplo de resiliência e autoconhecimento, encarando a vida com leveza e apreciando cada fase que a idade traz, seja em suas conquistas profissionais ou nos desafios e aprendizados pessoais.