Durante o Saia Justa, apresentadora falou também sobre ressignificar situações dolorosas: ‘Comecei a prestar mais atenção às pequenas coisas da vida’
Eliana se emociona ao falar sobre ressignificar a morte
Se a maior certeza da vida é que todos vão morrer, seria natural tratar o assunto de maneira leve e tranquila. Porém, a realidade é que a morte ainda é um tabu para muita gente, como explicou a médica e ativista da cultura do cuidado, Ana Claudia Quintana Arantes, para quem é fundamental oferecer conforto a enfermos nos momentos finais.
“O cuidado paliativo é uma área do cuidado à saúde, que provê o alívio do sofrimento de um ser humano que enfrenta uma doença, que ameaça a continuidade da vida”, esclareceu ela, durante participação no Saia Justa, exibido no GNT, nesta quarta-feira (11).
O tema que permeou boa parte do programa emocionou Eliana, que perdeu o pai, José Bezerra, em março, vítima de complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Meu pai partiu e a coisa que mais lembro é dele sorrindo quando eu entrava no quarto. Isso é não ter medo da finitude. Enquanto podemos, temos que viver com intensidade, sem que nada nos desvie desse caminho”, pontuou a apresentadora, com voz embargada.
Eliana acrescentou ainda que já esteve no grupo de pessoas que evitava falar sobre o fim da vida, mas que aprendeu muito com as próprias vivências. “Estou chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Perdi o medo de ter alguém que amava muito partindo”.
Ressignifiquei a vida depois da morte do meu pai, ressignifiquei minha vida quando fiquei hospitalizada por cinco meses, tudo parou e perdi o controle. Nos momentos mais difíceis da minha vida ressignifiquei o que era morte, doença grave e o que era viver. Comecei a prestar mais atenção às pequenas coisas da vida: o raio de sol que batia no quarto, um abraço, um carinho, um sorriso.”
Ana Claudia Arantes explica o que são cuidados paliativos