David Lynch, o icônico diretor por trás de clássicos como Cidade dos Sonhos (2001) e da série Twin Peaks (1990), faleceu na tarde de quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, aos 78 anos. A causa de sua morte não foi oficialmente divulgada, mas em 2024, Lynch revelou ter sido diagnosticado com enfisema pulmonar, uma doença atribuída ao seu histórico de fumante. Ao longo de sua carreira, Lynch acumulou uma vasta legião de admiradores e colegas que o consideravam um verdadeiro gênio criativo. Seus filmes, com sua combinação única de surrealismo, psicologia e simbolismo, conquistaram um público devoto que via nele uma voz artística incomparável. Famosos de diversas áreas, incluindo cinema, música e literatura, rapidamente se manifestaram nas redes sociais lamentando sua morte e homenageando seu legado duradouro.
Entre as várias figuras públicas que prestaram suas homenagens, Barbara Paz compartilhou um trecho emblemático de Lynch, “Ideias são como peixes…”, refletindo a complexidade e profundidade da abordagem artística do cineasta. Ela o descreveu como “ÚNICO”, “Visionário” e “ARTISTA”, destacando a influência de Lynch em sua própria visão criativa. O diretor James Gunn, que também expressou seu pesar, destacou a maneira como Lynch inspirou gerações de cineastas e afirmou que sua arte será lembrada por muitos anos. Já Kyle MacLachlan, que trabalhou com Lynch em Twin Peaks, fez uma emocionante declaração sobre como o diretor “o tirou da obscuridade”, reconhecendo que sua carreira deve muito à visão singular de Lynch. MacLachlan também lembrou com carinho de sua amizade com o cineasta, descrevendo-o como “autenticamente vivo” e profundamente conectado ao universo de uma maneira que poucos conseguiam entender.
A atriz Laura Elena Harring, que participou de Cidade dos Sonhos, fez uma homenagem tocante, imaginando Lynch “criando filmes, escrevendo, pintando e meditando lá de cima”. Ela enfatizou a genialidade do diretor, sugerindo que ele continuaria sua obra, agora em outra dimensão. Artistas como Ed Motta e Kat Dennings também se uniram às tributos, com Motta chamando Lynch de “um gênio imenso” e Dennings considerando sua morte uma “perda monumental” para o mundo artístico. Billy Corgan, vocalista da banda The Smashing Pumpkins, recordou com carinho os momentos em que trabalhou com Lynch, descrevendo a experiência como “um sonho saído de um de seus filmes”. Já Patton Oswalt, de maneira irônica e criativa, fez referência a um de seus sonhos inspirados pelo estilo surreal de Lynch.
Lynch não foi apenas um diretor, mas um verdadeiro fenômeno cultural, que desafiou as normas do cinema e da televisão. Seus trabalhos, como Eraserhead (1977), Blue Velvet (1986) e Mulholland Drive (2001), entre outros, são referências de uma abordagem artística única, repleta de simbolismo psicológico e surrealista. Além disso, Twin Peaks redefiniu o conceito de série de televisão, combinando o gênero policial com elementos oníricos e profundos. Lynch não era apenas um cineasta, mas também um artista visual, músico e escritor, cuja visão transcendia os limites da sétima arte. Sua morte deixa um vazio no mundo da cultura pop, mas seu legado continuará a influenciar cineastas e criativos por muitas gerações. Como afirmou o músico Questlove, Lynch “foi um dos maiores artistas do mundo”, cuja obra jamais será igualada.