O grupo Melanina Carioca se manifestou com indignação após o vazamento de áudios em que a ex-panicat Ana Paula Minerato utiliza termos racistas como “neguinha” e “cabelo duro”, direcionados à integrante do grupo, Ananda. Em nota oficial, o coletivo expressou repúdio às falas discriminatórias e destacou a gravidade do ocorrido, ressaltando que esse episódio é um reflexo da violência cotidiana enfrentada pela comunidade negra no Brasil. A denúncia ganhou ainda mais peso devido à proximidade do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, data em que o Melanina Carioca lançou uma música exaltando a cultura negra e a luta contra o racismo. O contraste entre a celebração da resistência e o ataque recebido reforça a urgência do combate ao preconceito.
A nota enfatizou que o racismo não tem lugar no movimento artístico ou na sociedade e reafirmou o compromisso do grupo com a luta por igualdade e respeito. Ananda, informada do episódio pelas redes sociais, tem recebido apoio dos integrantes do grupo e da comunidade negra, além de inúmeras mensagens de solidariedade dos fãs. A resposta do público, segundo o Melanina Carioca, é essencial para continuar enfrentando e denunciando práticas discriminatórias. O grupo reafirmou que o racismo, embora ainda presente, não os calará, prometendo seguir com sua arte e sua mensagem de resistência.
Em meio à repercussão, a emissora Band anunciou o desligamento de Ana Paula Minerato, destacando que as falas da modelo não refletem os valores da empresa, que condena qualquer forma de racismo ou preconceito. A decisão de afastá-la foi apresentada como um gesto de alinhamento às diretrizes da emissora, que busca se posicionar contra a discriminação. Até a última atualização, Minerato não havia se pronunciado sobre o ocorrido.
O episódio reacendeu discussões sobre a importância de responsabilizar indivíduos por falas e atitudes racistas, especialmente em um momento de avanço nas pautas de diversidade e inclusão. Para o Melanina Carioca, o caso vai além de um ataque pessoal e simboliza a resistência diária da população negra em um país onde o racismo estrutural ainda é uma realidade. O grupo destacou que episódios como esse reforçam a necessidade de união e coragem para combater o preconceito em todas as suas formas.
O apoio recebido por Ananda e pelo grupo demonstra que o público está atento e solidário a causas que buscam justiça e respeito. Apesar do ocorrido, o Melanina Carioca segue firme, utilizando sua arte como ferramenta de transformação e luta social, mantendo-se fiel ao propósito de amplificar vozes que muitas vezes são silenciadas. O racismo, como afirmaram em sua nota, jamais terá espaço em suas vidas, em sua música ou em sua missão de inspirar mudanças positivas na sociedade.