A influenciadora Maíra Cardi compartilhou nas redes sociais nesta terça-feira (12) seu dilema ao enfrentar o processo de remoção do polimetilmetacrilato (PMMA) de seu rosto, uma substância que foi aplicada em 2009 por uma dermatologista sem seu consentimento. Maíra explicou que a presença do polímero em seu organismo está causando inchaço facial e que teme complicações graves em uma futura gravidez com o atual marido, Thiago Nigro. Mãe de Sophia, de 6 anos, fruto de seu relacionamento anterior com o ator Arthur Aguiar, Maíra relatou que, durante sua primeira gestação, sofreu com dormência nos braços, o que a levou a se preocupar que esses sintomas possam se agravar devido ao PMMA. Em vídeos postados no TikTok, ela falou sobre sua tentativa de remover a substância e detalhou as consultas que realizou com especialistas, os quais alertaram para os perigos envolvidos na remoção completa do polímero.
Dois médicos consultados pela influenciadora explicaram que o PMMA, derivado de plástico acrílico, pode causar sérias complicações ao ser removido. Esse material, muitas vezes utilizado para tratar lipodistrofias, é conhecido por sua dureza e dificuldade de remoção, pois sua retirada pode afetar nervos faciais e potencialmente provocar danos permanentes. Um dos especialistas sugeriu um lifting como uma alternativa menos invasiva, mas alertou que mesmo essa técnica não garante a remoção total do PMMA. Ao compartilhar esse resumo das consultas no TikTok, Maíra expressou sua frustração com o fato de que a substância, amplamente usada em estética, representa um perigo constante para sua saúde.
O caso de Maíra reaviva o debate sobre os riscos do PMMA, que, embora aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar condições específicas, como lipodistrofias em pacientes HIV positivos, vem sendo usado de maneira mais ampla em procedimentos estéticos de preenchimento facial e corporal. As complicações associadas ao PMMA incluem reações inflamatórias, formação de granulomas, infecções e, em casos mais graves, risco de embolia e até óbito. O recente falecimento da influenciadora Aline Ferreira, de 33 anos, após complicações decorrentes de um preenchimento com PMMA, trouxe ainda mais visibilidade ao perigo de uso dessa substância. Especialistas alertam que, embora o PMMA seja visto como uma solução acessível para preenchimentos estéticos, suas reações adversas podem surgir anos após a aplicação, tornando-se um problema de saúde de longo prazo para os pacientes.
Para Maíra, o medo de complicações no rosto e o potencial impacto na sua qualidade de vida impulsionam sua busca por uma solução definitiva. A influenciadora também usou suas plataformas para conscientizar o público sobre os riscos do PMMA, incentivando que seguidores busquem informações e optem por procedimentos mais seguros e reversíveis. Seu depoimento tem inspirado debates sobre a regulamentação e o uso do PMMA em estética, já que muitos profissionais alertam sobre o uso indevido dessa substância que foi originalmente desenvolvida para tratar problemas de saúde específicos e não para uso estético indiscriminado.