O rapper se manifestou sobre a morte de Gabriel, jovem negro da periferia, criticando duramente a violência policial contra jovens da favela e apontando o PM envolvido no caso como um provável candidato à absolvição, afirmando que a ação será tratada como legítima defesa. “Se você é favelado, ó, não cola nessa po***. Não gasta seu dinheiro, não enriquece quem mata nossa gente”, concluiu em sua fala, destacando o ciclo de violência que afeta os moradores das comunidades periféricas e a impunidade que, segundo ele, frequentemente acompanha esses casos.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo emitiu uma nota oficial, informando que o caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do DHPP. Exames periciais foram solicitados e outras diligências estão em andamento para apurar os fatos e esclarecer as circunstâncias da morte de Gabriel. No entanto, a versão apresentada pelo policial foi contestada pela tia do jovem, Fátima Taddeo, que em entrevista à Ponte Jornalismo questionou a necessidade de oito disparos contra Gabriel, especialmente considerando que ele não estava armado no momento da abordagem.
“Eles precisaram de oito tiros para ver que o Gabriel não estava armado?”, disse, ressaltando que “tiro no rosto é para matar”, sugerindo que a ação foi excessiva e intencional. Fátima também relatou que Gabriel estava lutando contra o vício em K, uma droga conhecida por seus efeitos dolorosos de abstinência, o que, segundo ela, teria dificultado ainda mais qualquer possibilidade de reação do sobrinho durante a abordagem policial.
O corpo de Gabriel só foi removido do local na manhã de segunda-feira (4), o que gerou ainda mais indignação entre os familiares e a comunidade. Por fim, o OXXO, que foi procurado pela reportagem de Splash, ainda não retornou para comentar sobre o caso. Se houver uma resposta, o texto será atualizado, mas, até o momento, a morte de Gabriel continua gerando protestos e questionamentos sobre a atuação da polícia em situações envolvendo jovens das periferias.